Por Marcelo Damasceno
repórter de Petrolina PE.
A Ilha do Massangano incorpora-se a Petrolina nesta festa de Santo Antônio, numa combinação de fé e tradição com mais de cem anos de religiosidade e cultura popular. O padroeiro muito particular de moças casadeiras ou nem tanto e a fatia pobre entre humanos, era um vigoroso aristocrata nascido Fernando Antônio, originalmente, em Portugal num 15 de Agosto de 1.119 e sem nenhum encantamento pela origem rica, preferindo renunciar todos os bens e vida confortável para seguir a vida reclusa num mosteiro agostiniano. Depois transferiu -se para a ordem franciscana. Fervoroso teólogo e carismático pregador, dedicou -se desde os 19 anos a uma vida cristã e já adulto deu inúmeras provas da sua conversão cristã. Sua vida piedosa em Pádua concedeu-lhe visibilidade e fama.
Da Ilha inicialmente massangana, o dia 13 de Junho fincou a consagração de sua trezena a Santo Antônio nas ilhas e águas de São. Francisco. A fama do Santo espalhou-se anos depois num festejo junino a cerca a terra de Pedro e Lina. Uma cidade inspirada nas pedras que lhe ergueram a única e exterior Catedral com requintes góticos a avistar ilhéus a devotar cânticos e fogueiras de fé. Logo o calendário generoso de Petrolina nos cercou com São João e São Pedro.Mas a fama de Santo Antônio esclarecera imediatamente, uma lua generosa que contagiou as primeiras ruas e muita gente, em noite sorridente para os bairros primeiros de Atrás da Banca, São José e Caldeirão da Raposa, onde Petrolina fechava seus credos com portentoso Cancelão, onde um horizonte bifurcado apontava a linha reta dos Espinhos se Manoel "dos Arroz" e um aperreio de mocós que dariam nome de vila famosa, Vila Mocó com seus reisados "natalinos".
Mas a fogueira de Santo Antônio era a ordem das melhores noites e o triunfo das primeiras missas a atravessar o rio. A fervente noite de um santo português a aquecer os sonhos e proteger um povo pobre que inundado de riqueza hídrica, experimenta o assombro da seca ao lado e ainda a soluçar a escravidão negreiros com o genocídio indígena. Talvez Santo Antônio, compassivo dessa tragédia humana de um século e pouquinho a mais, nos trouxe redentora uma única Ana Das Carrancas com seu carro a virar bicho a singrar as águas ousadas de tantos frutos.
A larga história sanfranciscana nos dando tantos motivos pra contar vantagens aos céus. E nos conduzir pelas passadas lentas e fortes de Raimunda SolPosto para as travessias e "trezenas antoninas" enfeitadas de bandeirolas e caboclos de todas as margens franciscanas. Santo Antônio tão rico em roupagem pobre dos pescadores e vaqueiros a remar um aboio somente nosso. De Petrolina para um Brasil desassossegado de agora. Como a profecia "massangana soletrada" pro mundo por Maju Coutinho, a moça bonita do jornal nacional de uma tevê Globo.
Fotos.
Ascom
e net web.
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