terça-feira, 13 de junho de 2017
O Corpus Christi no debate profano de um feriado
Por Marcelo Damasceno
Repórter de Petrolina-PE
Para você entender bem. “Corpus Christi significa Corpo de Cristo. É uma festa religiosa da Igreja Católica que tem por objetivo celebrar o mistério da eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo.
A festa de Corpus Christi acontece sempre 60 dias depois do Domingo de Páscoa ou na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, em alusão à quinta-feira santa quando Jesus instituiu o sacramento da eucaristia”. (Significados.com)
Em Petrolina, durante o segundo mandato do então prefeito Guilherme Coelho (PSDB) -1997-2000, lhe foi sugerido trocar o feriado do Corpus Christi, pelo 24 de junho que comemora o São João. E a lei municipal foi sancionada, com recomendações de ponto facultativo ao serviço público e também com a orientação ao comércio, que optasse por fechar ao meio dia, por conta das celebrações na cidade. Ficou assim essa data, desfigurada, pois a Igreja Católica nunca modificou sua programação. Um dia marcado por constrangimentos mútuos e infelizmente, desprezado, destituído oficialmente, tratado com indiferença.
O Corpus Christi, essa data católica e celebrada no mundo ocidental, incluindo muito fortemente, o Brasil é na verdade um feriado nacional. A festa junina em todo o nordeste sempre foi protagonizada com feriados de acordo com o interesse econômico, por ser evento que fortalece as receitas municipais e produz uma ampla rede de emprego e dinheiro, somando-se o lucro junto ao comércio e volumosa movimentação financeira beneficiando as cidades que apostam e fazem muito bem essa festa. Mas, conforme a comunidade católica, não era necessário suprimir a data do Corpus Christi, com apoio do Episcopado local à época conduzido pelo então Bispo de Petrolina, Frei Paulo Cardoso, hoje, Bispo Emérito.
Bom tempo atrás, no Legislativo de Petrolina, a então vereadora, Anatélia Porto (PSB), se interessou pelo assunto, de efeito dúbio (poderia ser tratado politicamente como, de caráter oportunista, fanatismo, demagógico e/ou intolerância religiosa) controverso, colocou a pauta na discussão, defendeu a retomada desse feriado e conseguiu, sem ferir sensibilidades ou queimar reputações. Um feriado que foi posto, na legislatura simultaneamente ao primeiro mandato do atual prefeito Júlio Lóssio(PMDB) que de forma sensata trouxe o Corpus Christi de volta, sem prejuízo de quaisquer ordens. Nesse período, não muito distante, a então vereadora, Anatelia Porto, hoje, sem mandato por contingencia da aritmética eleitoral, e retomando suas atividades profissionais na saúde, como psicóloga e, petrolinense, deu sua contribuição ao tema e ilustrou qual o papel parlamentar de quem está imantado desse mandato popular
Anatélia Porto, também, na condição de ex-aluna do Colégio Salesiano Maria Auxiliadora, juntou-se à opinião pública pela restauração dos jardins da praça que tem mesmo nome no centro de Petrolina, amplificando o jornalismo da Radio a Voz do São Francisco que levou o assunto para a população. E os jardins, o verde, voltaram pela decisão do governo Lóssio, de igual forma ao Corpus Christi.
Foto/imagens net-
A Psicóloga Anatelia Porto,
ex vereadora de Petrolina- PE
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