terça-feira, 27 de junho de 2017

A colheita política sob o arado de Ranilson Ramos


Escrevi, Marcelo Damasceno
             Repórter de Petrolina PE


Em 1982, dois jovens surpreenderam o eleitorado conservador e dividido de Petrolina. Fernando Bezerra Coelho era escalado por seu tio Nilo Coelho, então senador, para disputar uma cadeira no parlamento de Pernambuco. E com expressiva votação, elegeu-se pelo PDS, deputado estadual. Fernando Bezerra Coelho. Ao seu lado, Ranílson Ramos, abria a fronteira das urnas, candidatando-se para a Câmara Municipal de Petrolina. Foi o mais votado e tornou-se, dias depois, emblemático presidente da Casa Legislativa com a teoria implícita da terceira via, tantos anos atrás. Um profecia para os dias modernos do seu filho, o deputado estadual, Lucas Ramos (PSB PE) candidato natural a prefeitura de Petrolina em 2020. E com claros sinais de dissidência junto ao atual prefeito de Petrolina, Miguel Coelho(PSB PE) filho de Fernando B Coelho, hoje senador aliado ao governo Michel Temer (PMDB).  Dessa leitura, observa -se o trânsito livre de Lucas Ramos no Palácio do Campo das Princesas e a exemplo do pai Ranilson, presença certa do núcleo político do governador Paulo Câmara em Pernambuco.


Ranílson Ramos, por circunstâncias filiado ao PDS, mas, carregava seu sertão libertário nos discursos adquiridos em longo aprendizado da sua parentela liderada por irretocável imigrante em simpatia e discrição, seu pai, Gregório Ramos, comerciante da cebola e dos insumos do então embrionário agronegócio sanfranciscano, simultâneamente ao ciclo irrigado. FBC virou liderança em capítulos de sua vida marcados por desavença e rompimento com todos os seus tios para rever seus conceitos em nova unificação coelhista.

Ranílson, sertanejo, com raízes genealógicas, indígena e lusitana, em Orocó, aproximadamente a 160 quilômetros de Petrolina, às margens do Rio São Francisco. Impetuoso, discreto, e com traços da simplicidade do seu pai, Gregório, Ranilson, ascendia em sua performance política, considerando bom período sem mandato popular, tornando-se posteriormente, por seu ideário, e, muito jovem a surpreender, conquistando a confiança pessoal do governador Miguel Arraes (eleito três vezes para o cargo em Pernambuco). Daí, entre hiatos eleitorais e certas derrotas localizadas, revitalizou sua história público no advento do governo Eduardo Campos, onde foi tudo.
Ranílson Ramos, sedimentava sua carreira, e ainda aos seus 23 aos de idade, liderando com surpreendente habilidade, a convivência dos contrários numa legislatura barulhenta e convivência quase bélica com inimigos letais e discursos sem clemência pelo adversário político.


Ranílson Ramos notabilizava-se  em dobradinha junto ao mais novo quadro de sua geração, FBC. Fernando quatro aos depois ampliou sua meta e peitou Osvaldo Coelho. Nascia ali a cisão dentro do PDS de Nilo Coelho. Em 1986, a campanha eleitoral de Miguel Arraes, irrompia um Pernambuco de atmosfera insípida, tolerante às indiferenças de Brasília. FBC virou deputado constituinte, Ranílson, ocupou sua cadeira em Recife elegendo-se deputado estadual pela implícita terceira via. Pragmatismo testemunhado numa polarização natural por seu filho Lucas Ramos, nas próprias hostes socialistas, com ensaio a olho nu desde a esta última eleição municipal de 2016 em Petrolina e com inclusão vitoriosa dessas forças em Afrânio, Lagoa Grande e Cabrobó.

Desvinculado das funções ideológicas e longe do palanque por exigência do cargo junto ao Tribunal de Contas de Pernambuco-TCE PE- na condição de Conselheiro, desde 2013, mas com uma história recente pra contar e de persistência, comprovada articulação e inteireza de espírito.

Foto/net
Flagrantes de imagens/Ranilson  Ramos- e no quadro em familia com seus pais e irmãos.
Ranilson Ramos.
É Conselheiro junto ao
TCE PE

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